segunda-feira, 16 de novembro de 2015

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A utopia da melhor idade -- Leandro Karnal

Provocações - Leandro Karnal (23/04/2014)

O Medo à Liberdade e a Alma Humana ● Leandro Karnal [HD]

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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

ANAIS POLÍTICOS: A REPÚBLICA DAS BANANAS

ANAIS POLÍTICOS: A REPÚBLICA DAS BANANAS: . Era inevitável e portanto, aconteceu o esperado. Após um pequeno delírio de imaginarmos ir para o Primeiro Mundo, onde as coisa...

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

DELEGACIA ELETRÔNICA COMUNITÁRIA : Blog do Paulinho: A imprensa mundial escancara o q...

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Grande Mídia e Oposição golpista começam a reconhecer que o Brasil tem fundamentos econômicos sólidos e que a crise é política! - Marcos Doniseti!

Grande Mídia e Oposição golpista começam a reconhecer que o Brasil tem fundamentos econômicos sólidos e que a crise é política! - Marcos Doniseti!
Reservas Internacionais Líquidas garantem ao Brasil, atualmente, a condição de Credor Externo Líquido e permite enfrentar crises em condições bem melhores do que no passado. E dizer que quando o Presidente Lula decidiu acumular tais reservas, ele foi muito criticado por tomar tal iniciativa. 
Até jornalista da 'Folha', Vinícius Torres Freire, reconhece: 

Fundamentos econômicos e financeiros do Brasil são bons e que a crise atual é política.

Vejam o que ele escreveu em sua coluna de hoje na 'Folha':

1) Cotação do Dólar, acima de R$ 4, é um exagero. Traduzindo: é fruto de especulação brava, mas não tem quaquer conexão com a economia real;

2) Não existe nenhuma crise cambial em andamento no Brasil, o que estaria acontecendo se ocorresse uma saída maciça de dólares. E isso não existe (ver item 3);

3) O fluxo cambial brasileiro é positivo no mês e no acumulado de 12 meses;

4)  Existe um déficit no capital financeiro, mas ele está menor do que em 2013-2014;

5) Não está acontecendo nenhuma fuga do Real para outras moedas (Dólares);

6) Nenhuma empresa quebrou em função de possuir dívidas no exterior, cotada em dólares, pois o Banco Central ofereceu mais de US$ 100 bilhões em proteção para dívidas privadas em Dólar.

Obs: Essa é a grande vantagem do Brasil possuir Reservas Internacionais Líquidas tão grandes (US$ 371 bilhões). Elas podem ser usadas (como estão sendo agora) como um seguro contra eventuais crises;

7) Ainda entra muito investimento externo produtivo no Brasil, o que cobre grande parte do déficit externo (em transações correntes), demonstrando que o país continua atrativo para o capital estrangeiro de longo prazo;

8) E lá no fim ele reconhece, mesmo que nas entrelinhas, que tudo isso acontece porque O BRASIL NÃO TEM DÍVIDA EXTERNA, pois as reservas internacionais líquidas (de US$ 371 bilhões) são maiores do que a dívida externa bruta (de US$ 343 bilhões), sendo que o país é, portanto, um Credor Externo Líquido.

9) A crise atual é política.

Obs: E dizer que quando o Presidente Lula decidiu acumular essas gigantescas Reservas Internacionais ele foi fortemente atacado pela Grande Mídia e pela oposição reacionária. Até mesmo alguns economistas mais progressistas o criticaram por isso.

E agora, mesmo que de maneira envergonhada, como faz Vinícius Torres Freire, até mesmo críticos ferozes dos governos de Lula-Dilma-PT acabam por ter que reconhecer que o Presidente Lula acertou em cheio ao acumular tais reservas. 

Inclusive, o Brasil e a Índia são, até o momento, os únicos grandes países emergentes que não precisaram se utilizar das reservas internacionais para combater os efeitos da crise econômica, que é mundial. China, Rússia, Arábia Saudita, México, Indonésia e Turquia já tiveram que fazer isso, ou seja, usar de parte das suas reservas para amenizar os efeitos da crise global que começou em 2008 e que, agora, atingiu aos países emergentes com bastante intensidade. 

São essas reservas internacionais que permitem ao Brasil enfrentar as atuais turbulências globais sem que sofra uma maciça saída de capitais para o exterior e muito menos que seja obrigado a recorrer ao FMI (tal como aconteceu no governo FHC em 1998, 2001 e 2002). 

Links:

Vinicius Torres Freire reconhece: Brasil tem bons fundamentos econômicos e crise atual é política:

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2015/09/1685737-dolar-e-dilma-tem-r-5-letras.shtml

Dólar já foi muito mais caro do que hoje:

http://aeconomianoseculo21.blogfolha.uol.com.br/2015/09/21/o-dolar-a-r-4-e-o-mais-caro-da-historia/

Entre grandes emergentes, Brasil e Índia são os únicos que não precisaram usar das reservas internacionais para combater efeitos do agravamento da crise mundial:

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,entre-grandes-emergentes--so-brasil-e-india-nao-queimaram-reservas-em-2015,1767001

Porque o Dólar não está tão caro quanto parece:

http://exame.abril.com.br//seu-dinheiro/noticias/nao-o-dolar-nao-esta-tao-caro-quanto-parece

QUARTA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2015

Cotação do Dólar chegou a R$ 4 pela primeira vez... em 10/10/2002! - Marcos Doniseti!

Cotação do Dólar chegou a R$ 4 pela primeira vez... em 

10/10/2002! - Marcos Doniseti!


Gráfico elaborado pelo Banco Central brasileiro demonstra claramente que, com base na taxa de câmbio efetiva real, tivemos uma grande valorização da moeda brasileira entre 2002 e 2015. E mesmo com o Dólar tendo ultrapassado os R$ 4 atualmente, a cotação atual ainda é bem menor do que aquela que tínhamos em 2002. Se levarmos em consideração a taxa de inflação do Brasil e a dos EUA acumulada desde Outubro de 2002, o dólar teria que estar cotado a R$ 7,00 para ficar no mesmo patamar em que se encontrava em 10/10/2002, quando atingiu os R$ 4,00. 

A Grande Mídia está divulgando que, pela primeira vez, a cotação do Dólar chegou aos R$ 4.

Só que isso é mentira. A primeira vez em que isso aconteceu foi em 10/10/2002.


Na verdade, para que a cotação do Dólar do dia 10/10/2002 possa ser comparada com a de hoje (R$ 4,05), teríamos que atualizar a cotação de quase 13 anos atrás pela inflação acumulada desde então, que está em torno de 120%.


Então, a cotação do Dólar de 10/10/2002 (R$ 4,00) equivale, hoje, a cerca de R$ 8,80.


Mesmo que descontemos a inflação em Dólar do mesmo periodo (ou seja, a taxa de inflação dos EUA), que foi de 21,5% (nos últimos 12 meses ela foi de ridículos 0,2%), a cotação do Dólar, hoje, teria que ser de cerca de R$ 7,585 para que ela estivesse no mesmo patamar do dia 10/10/2002.

Outro exemplo que comprova isso é o do Salário Mínimo.


Em 2002, ele era de R$ 200. Logo, no dia 10/10/2002, seu valor foi de US$ 50. Hoje ele está em R$ 788 e, portanto, equivale a US$ 194,56 (289,1% maior).


Link:

Cotação do Dólar chegou a R$ 4 pela primeira vez... em 10/10/2002.

http://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2002/10/10/ult27u27220.jhtm

Taxa de inflação nos EUA:

http://www.usinflationcalculator.com/inflation/current-inflation-rates/

Dilma, Jango e a estabilidade política! - Marcos Doniseti!

Dilma, Jango e a estabilidade política! - Marcos Doniseti!
Da mesma forma que Jango dependia do apoio do PSD, partido conservador moderado que foi o maior do país no período 1945-1964, Dilma também depende do apoio do PMDB e de outras legendas conservadoras para poder governar. E no atual sistema político brasileiro, onde o Poder Legislativo tem a última palavra em quase todos os assuntos e no qual temos um gigantesca fragmentação política e partidária, tal apoio é mais importante do que nunca. Sem este apoio, o governo Dilma cairia sem muita dificuldade. 
Um dos maiores erros, se não foi o maior, que o então Presidente Jango cometeu durante o seu governo foi o de romper a aliança política do PTB com o PSD. Este era, desde 1945, quando tivemos a Redemocratização do país, o maior partido político brasileiro, sendo um partido conservador moderado.
Ele era uma espécie de 'PMDB' da época. Inclusive, muitos dos seus integrantes vieram, posteriormente, a fazer parte do MDB e do PMDB, incluindo Ulysses Guimarães.
Rompendo a aliança com o PSD, Jango perdeu o apoio majoritário do Congresso Nacional e ajudou a abrir caminho para a vitória dos movimentos golpistas que estavam em andamento no Brasil desde a sua posse na Presidência da República, em 1961.
Tancredo Neves disse uma frase genial sobre o PSD, que era 'Entre a Bíblia e O Capital, o PSD fica com o Diário Oficial'.
Assim, o PSD era um partido que pode perfeitamente ser considerado um legítimo ancestral do atual PMDB, que também adora um Diário Oficial, ou seja, não abre mão de ocupar inúmeros e importantes cargos nos governos dos quais participa (e isso inclui a imensa maioria das prefeituras e dos governos estaduais atualmente).
Hoje, o maior partido brasileiro é o PMDB.
E da mesma forma que Jango dependia do PSD para se manter no governo, o mesmo acontece agora com a Presidenta Dilma, ainda mais depois que a eleição de 2014 reduziu as bancadas do PT/PCdoB e consagrou um Congresso Nacional essencialmente conservador.
Desta maneira, se Dilma quiser desfrutar de um mínimo de estabilidade política e, assim, ter condições de concluir o seu mandato, então ela terá que fechar um acordo político com o PMDB e outros partidos conservadores no Congresso Nacional, tal como os ex-Presidentes Itamar Franco, FHC e Lula também fizeram.
Muitos criticam tal política de alianças, dizendo que a mesma é fisiológica e afirmando que há um preço a pagar por tais acordos.
É verdade.
A aliança política entre PSD e PTB garantiu uma sucessão de governos trabalhistas, reformistas e nacionalistas, incluindo os de Getúlio Vargas, JK e Jango, entre 1945-1964. Quando rompeu essa aliança, em 1963, o então presidente João Goulart cometeu o maior erro político de sua, até então, vitoriosa carreira política e jogou o PSD nos braços dos golpistas que o derrubaram em 1964. 
Mas, no Brasil atual, isso vale para todos os governos e para todos os partidos, sem nenhuma exceção.
Até o PSOL fez alianças com partidos conservadores (DEM, PPS, PTB, PSDB) para poder ganhar a eleição em Macapá e poder governar a cidade. Alckmin e Serra, sempre que governam o estado de SP, procuram atrair o maior número possível de partidos para apoiá-los. Nos outros estados e municípios, acontece a mesma coisa.
Além disso, sem tais alianças, o governo Dilma seria derrubado facilmente. E as consequências disso seriam terríveis para o Brasil e o seu povo, com a ascensão de um governo exclusivamente conservador e sem a participação de um único setor progressista da sociedade no mesmo.
Com isso, estaria aberto o caminho para a imposição de políticas neoliberais excludentes, anti-populares, privatizantes e desnacionalizantes, com o fim do Regime de Partilha do pré-sal (que seria entregue às petroleiras estrangeiras), a  privatização do Banco do Brasil, da CEF, do BNDES, a progressiva eliminação dos programas de inclusão social e de distribuição de renda (Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, etc). 
Então, questiono: Porque somente o PT é criticado por fazer alianças a fim de poder ganhar eleições e ter condições mínimas para poder governar, se todos os outros partidos fazem a mesma coisa?
Haja hipocrisia.

Link:
Vitória nos vetos tem a assinatura de Dilma:

DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015

Novo governo de Alexis Tsipras terá maioria absoluta no Parlamento grego! - Marcos Doniseti!

Novo governo de Alexis Tsipras terá maioria absoluta no Parlamento grego! - Marcos Doniseti!
O partido liderado por Alexis Tsipras, o Syriza, voltou a vencer uma eleição para o Parlamento grego, conquistando 35,5% dos votos e conquistando 145 cadeiras. Junto com os 10 deputados eleitos pelo ANEL (Gregos Independentes) ele terá maioria absoluta no novo Parlamento do país.
Algumas observações sobre a eleição para o Parlamento da Grécia que se realizaram hoje:

1) O Syriza terá 145 deputados no novo Parlamento grego. Junto com os 10 do ANEL (Gregos Independentes) o governo de Alexis Tsipras chegará aos 155 deputados, passando a ter maioria absoluta (são 300 deputados no total). Na eleição anterior, os dois partidos elegeram 162 deputados e, agora, conquistaram 155 cadeiras no Parlamento, uma pequena queda.

Interessante observar que o partido criado pelos dissidentes do Syriza, o Unidade Popular (que rejeitou o acordo feito por Tsipras com a UE), teve apenas 2,8% dos votos e não elegeu nenhum deputado para o Parlamento grego (percentual mínimo para isso é de 3%).

2) Para ter enfrentado a UE com sucesso nas negociações sobre o novo acordo assinado com o bloco europeu, Alexis Tsipras teria que ter tido o apoio decisivo dos governos da França e da Itália, pelo menos. Mas isso não aconteceu.

Isolado, ele ficou sem opção e acabou aceitando fechar um acordo que nem ele e tampouco o povo grego, de fato, desejava.

O Syriza chegou a sofrer uma dissidência da sua ala mais esquerdista, sendo que 25 deputados saíram do partido e criaram uma nova legenda, a Unidade Popular, mas que fracassou nesta eleição, obtendo apenas 2,8% dos votos. Com isso, a UP não elegeu nenhum deputado para o Parlamento grego, pois somente partidos que alcancem os 3% dos votos tem direito a possuir representantes no mesmo.

3) O cenário político europeu está passando por mudanças e o novo governo de Tsipras poderá acabar se beneficiando com isso.

Exemplo concreto desta possibilidade é a de que existe a perspectiva de vitória da oposição na eleição para o Parlamento espanhol, que será realizada em Novembro próximo.

A oposição, representada pelo PSOE/Podemos/Izquierda Unida, somados, tem cerca de 47% das intenções de voto, contra uns 39% dos partidos mais conservadores (PP e Ciudadanos).

A vitória da oposição na Espanha, com a possível participação do Podemos no novo governo, beneficiará o Syriza, pois existe uma grande afinidade política e ideológica entre o partido de Tsipras e o Podemos espanhol.

No Reino Unido, o forte e tradicional Partido Trabalhista britânico acabou de eleger um líder da sua ala esquerdista, Jeremy Corbyn, para comandar a mais do que centenária legenda ligada aos sindicatos britânicos. E a sua vitória deu vida nova a um partido que havia estagnado e se afastado das suas lutas e posições históricas, em defesa do Welfare State (Estado de Bem-Estar Social), que os próprios Trabalhistas construíram no Reino Unido do pós-Guerra.

Mesmo a rica Finlândia enfrenta a sua maior greve geral dos últimos 20 anos, contra as políticas de arrocho adotadas pelo governo conservador do país.

E se a vitória da oposição realmente se confirmar na Espanha, então a UE terá que rever, sim, as suas políticas de arrocho. E Tsipras poderá se beneficiar com isso.

No seu discurso de vitória, Alexis Tsipras disse uma frase bastante interessante, no qual falou que iria lutar 'para mudar as forças na Europa'. É mais do que evidente que Tsipras conta com uma mudança no cenário político europeu durante este seu segundo governo e que isso poderá vir a beneficiá-lo.

Afinal, uma coisa é isolar a pequena Grécia. Outra coisa, bem diferente, é isolar a Espanha, que possui a quinta maior economia da UE.
O Syriza elegeu 145 deputados na eleição para o Parlamento grego, mesmo tendo perdido 25 deputados da legislatura anterior, que criaram um novo partido (o Unidade Popular, que teve apenas 2,8% dos votos e não elegeu nenhum deputado).
4) Na verdade, penso que os gregos deram uma grande demonstração de maturidade política nessa eleição.

Depois do que a UE fez com o Alexis Tsipras, eu temia que ocorresse um grande crescimento do partido neonazista, Aurora Dourada, e também do Comunista (KKE), mas isso não aconteceu.

Vejam no texto do site 'Esquerda.net' (ver link abaixo) que os resultados das eleições de Janeiro e de Setembro deste ano praticamente não se alteraram, mesmo com a abstenção tendo aumentado de 36% para 45%.

O Syriza elegeu 149 deputados em Janeiro deste ano e 145 agora;

O Nova Democracia (conservador) elegeu 76 deputados em Janeiro e 75 agora;

O Aurora Dourada elegeu 17 deputados em Janeiro e 18 agora;

O KKE (Comunista) elegeu 15 deputados em Janeiro e os mesmos 15 agora;

O ANEL (Gregos Independentes) elegeu 13 deputados em Janeiro e 10 agora.

As variações nos resultados das duas eleições foram mínimas, portanto;

5) Desde janeiro há uma tendência de queda na taxa de desemprego na Grécia (caiu de 25,6% para 25%). Aliás, a taxa de desemprego está diminuindo, gradualmente, na UE, inclusive na Espanha, que tem a segunda maior taxa do bloco. Precisamos, no entanto, esperar para ver se essa tendência irá continuar, devido à piora do cenário econômico mundial, principalmente nos países emergentes.

Caso o nível de desemprego continue em queda na UE e na Grécia, isso também poderá fortalecer politicamente ao governo de Tsipras.
 


Links:

Syriza volta a vencer eleição para o Parlamento grego:


http://www.esquerda.net/artigo/syriza-vence-eleicoes-na-grecia/38742


Finlândia enfrenta a sua maior greve geral dos últimos 20 anos:


http://www.esquerda.net/artigo/finlandia-faz-maior-greve-geral-das-ultimas-duas-decadas/38719


O que significa a escolha de Jeremy Corbyn para ser o novo líder do Partido Trabalhista britânico:


http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/O-que-significa-a-vitoria-de-Jeremy-Corbyn-/6/34499


Pablo Iglesias dá as boas-vindas ao novo líder Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn:


http://www.esquerda.net/artigo/pablo-iglesias-bem-vindo-jeremy-corbyn-caminhemos-juntos/38614


Conheça as propostas de Jeremy Corbyn:


http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Conheca-as-propostas-do-novo-lider-do-trabalhismo-ingles/6/34484


Finlândia promove a maior greve geral das últimas décadas:


http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Finlandia-faz-maior-greve-geral-das-ultimas-duas-decadas/6/34550


Espanha: Partidos de oposição tem 47,2% das intenções de voto:


http://guerrilheirodoentardecer.blogspot.com.br/2015/08/espanha-pesquisa-eleitoral-mostra.html

EUA tem deflação de 0,1% em Agosto! Taxa anual é de ridículos 0,2%! FED mantém juros inalterados - Marcos Doniseti!

EUA tem deflação de 0,1% em Agosto! Taxa anual é de 
ridículos 0,2%! FED mantém juros inalterados - Marcos 
Doniseti!
Nos EUA, 45 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza. Isso ocorre muito em função do fato de que a maioria dos empregos criados no país são precários, de baixos salários. Com isso, 73% dos beneficiados com os programas sociais são integrantes de famílias de trabalhadores. 
O FED só aumentaria a sua taxa de juros se os seus integrantes estivessem totalmente loucos.
Afinal, com uma taxa de inflação anual de ridículos 0,2% e com uma Deflação de 0,1% apenas em Agosto, como será possível aumentar os juros? Isso diminuirá o ritmo de crescimento da economia dos EUA e, ainda, correrá o risco de fazer a Deflação se acelerar.

Uma taxa de inflação tão baixa mostra que os EUA podem até estar reduzindo o desemprego (que está em 5,1% atualmente), mas isso está acontecendo por meio da criação de empregos de baixos salários, temporários, de meio período, enfim, empregos precários, que são muito comuns nos EUA. Atualmente, 58% dos empregos criados nos EUA são de baixos salários (eram 22% em 2008, antes do início da crise global). 
Assim, o desemprego cai nos EUA, mas o poder de compra dos seus trabalhadores continua arrochado, impedindo que a inflação cresça.

Notícia:

Do GGN: EUA tem Deflação de 0,1% em Agosto! Em 12 meses taxa acumulada é de 0,2%!
O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) encerrou o mês de agosto com deflação de 0,1%, em sua primeira queda desde janeiro, segundo dados do Departamento do Trabalho local. Em julho, o índice havia avançado 0,1%. Nos 12 meses até agosto, houve alta de 0,2%, mesma taxa registrada nos 12 meses imediatamente anteriores.

Links:

FED manteve juros inalterados:
Inflação nos EUA é de 0,2% no acumulado de um ano:
Expansão da economia dos EUA é baseada na geração de empregos mal remunerados:

TERÇA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2015

Desvalorização do Real já aumentou a competitividade externa da indústria brasileira! - Marcos Doniseti!

Desvalorização do Real já aumentou a competitividade 
externa da indústria brasileira! - Marcos Doniseti!
A Embraer é uma das maiores exportadoras do Brasil, sendo a terceira maior produtora de aviões do Mundo. Com a desvalorização do Real, seus produtos ficarão mais competitivos no mercado internacional. 
A indústria brasileira já começou a ganhar competitividade externa em função das desvalorização do Real. o que irá gerar um expressivo superávit comercial já em 2015 (por volta de US$ 15 bilhões) e que será ainda maior em 2016 (talvez fique entre US$ 25 e US$ 30 bilhões).
Segundo dados do Funcex, a rentabilidade das exportações brasileiros aumentou em 12,6% em Julho deste ano, em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Quanto o Plano Real foi lançado (01/07/1994, no governo de Itamar Franco), o governo cometeu o erro de permitir a supervalorização da nova moeda brasileira, o que fez a cotação do dólar desabar para R$ 0,82 nos meses seguintes.
Tal política de sobrevalorização do Real teve continuidade durante o governo FHC (usava-se a chamada 'âncora cambial' para manter a inflação artificialmente reduzida) e somente em 2002 é que o valor do Dólar passou por uma forte valorização, devido às sucessivas crises das contas externas que tivemos no país em 1998, 2001 e em 2002.
Com isso, tivemos um expressivo aumento das exportações brasileiras (pois os produtos nacionais ficaram mais baratos com a forte desvalorização que tivemos em 2002, em especial).
Quando Lula tomou posse a cotação do dólar estava em R$ 3,54. Mas a própria melhora da situação das contas externas do país que ocorreu no governo petista e o aumento de investimentos externos diretos no país levaram a um novo ciclo de valorização do Real, que chegou a R$ 1,65 no final do segundo mandato de Lula.
Se atualizarmos o valor do Dólar do final de 2002 c(R$ 3,54) pela inflação acumulada desde então (111%) dá R$ 7,48. Mesmo se desconte deste valor a inflação acumulada em dólares desde 2003, ainda assim fica comprovado que o Real sobrevalorizou-se substancialmente entre 2003-2014, pois a taxa de inflação dos EUA é muito menor do que a do Brasil.
Manter o Real sobrevalorizado desde a introdução do Plano Real foi o maior de todos os erros cometidos por todos os governos desde então (1994): Itamar, FHC, Lula e Dilma. Isso destruiu a competitividade exterrna (e até interna) da indústria brasileira, que perdeu mercados importantes de exportação e abriu espaço para importações significativas de insumos industriais. Tivemos, assim, um processo de substituição da produção nacional pela importada.
E foi justamente por isso que a participação da indústria brasileira no PIB diminuiu tanto.
Agora, com essa desvalorização do Real que tivemos em 2015, a indústria brasileira volta a ser competitiva e ganhará novos mercados externos nos próximos anos, além de passarmos por um processo de substituição de importações.
Caso essa desvalorização do Real não seja revertida (e espero que isso não aconteça) e tenhamos, em breve, o início de um processo de redução da taxa Selic (já que a inflação prevista para 2016 é bem menor do que a que teremos em 2015), então a indústria terá todas as condições para iniciar um processo de crescimento mais acelerado e de voltar a aumentar a sua participação no PIB.
Que assim seja.
Link:
Desvalorização do Real já aumentou competitividade externa da indústria brasileira:

Porque sou a favor da volta da CPMF! - Marcos Doniseti!

Porque sou a favor da volta da CPMF! - Marcos Doniseti!
CPMF: Quem ganha mais, paga mais.

1) Com a CPMF, quem ganha mais, paga mais impostos;
2) A CPMF também permite a identificação de quem sonega (e o valor sonegado no Brasil é imenso, cerca de R$ 500 bilhões anualmente). E quem mais sonega são os mais ricos e as grandes empresas;
3) Assim, será possível promover o ajuste fiscal, equilibrando as contas públicas, combatendo a sonegação de impostos. E como os mais ricos e as grandes empresas são os maiores sonegadores, ao combater a sonegação de impostos teremos mais Justiça Tributária e Fiscal;
4) O equilíbrio das contas públicas é essencial para se manter a estabilidade econômica, colocando a inflação e a dívida pública sob controle.
5) Desta maneira, poderemos ter juros menores (Selic) e mais crescimento econômico, gerando novos empregos, melhorando os salários e as condições de vida da população;
6) Com a retomada do crescimento econômico, o governo também terá uma arrecadação de impostos maior, o que irá permitir que ele faça continue aumentando o salário mínimo acima da inflação e possa fazer mais investimentos em educação, saúde, moradia (exemplo: Minha Casa Minha Vida), saneamento básico, transporte e em infra estrutura, dando continuidade às políticas de inclusão social e de distribuição de renda que tanto já contribuíram para reduzir a pobreza no Brasil.
Foi graças a tais políticas que o Brasil tirou melhorou a distribuição de renda, tirou 40 milhões da miséria, erradicou a pobreza extrema e saiu do Mapa da Fome da ONU;
7) Com isso, teremos um país onde todos poderão viver com dignidade.
É isso.

Link:

Sonegação de impostos é 7 vezes maior do que a corrupção!

http://www.cartacapital.com.br/economia/sonegacao-de-impostos-e-sete-vezes-maior-que-a-corrupcao-9109.html

Dilma: CPMF irá financiar a Previdência Social:

http://www.conversaafiada.com.br/economia/dilma-explica-cpmf

DOMINGO, 13 DE SETEMBRO DE 2015

O Brasil atual e as crises econômicas cíclicas do Capitalismo! - Marcos Doniseti!

O Brasil atual e as crises econômicas cíclicas do Capitalismo! - Marcos Doniseti!
As reservas internacionais liquidas do Brasil cresceram de US$ 16,3 bilhões (2002) para US$ 370,9 bilhões atualmente. Agora, elas são suficientes para pagar toda a Dívida Externa Bruta do país, que é de US$ 343,5 bilhões, e ainda sobrariam US$ 27 bilhões no caixa do Governo brasileiro. 
Vários economistas já comprovaram que a economia Capitalista passa por ciclos econômicos, que se dividem em ciclos de expansão (crescimento) e de contração (recessão) da atividade econômica. Um dos principais estudiosos do assunto foi um economista russo, Nikolai Kondratiev. 

O Brasil passou por um ciclo de expansão da sua economia que durou 10 anos (2004 a 2013) e agora está em um ciclo de contração, que provavelmente irá durar cerca de 2 anos (2014 e 2015). 

A função do governo Dilma, agora, é a de criar as condições necessárias para que um novo ciclo de expansão possa ter início, já a partir de 2016.

No próximo ano teremos uma queda significativa da inflação, tornando possívei o início de um processo de redução da taxa Selic, e um aumento do superávit comercial (que já retornou em 2015, quando o mesmo deverá ficar em torno de US$ 15 bilhões).

Também teremos, já a partir de 2015, uma redução do déficit externo, devido crescimento do superávit comercial, à queda dos gastos de turistas brasileiros no exterior e a redução das remessas de lucros para fora do país. 

Os planos de investimentos já anunciados pelo governo Dilma (em Energia e em Infra-Estrutura - rodovias, ferrovias, portos, aeroportos - que somam investimentos de mais de R$ 380 bilhões, sendo R$ 186 bilhões em Energia e R$ 198 bilhões em Logística), o lançamento do Minha Casa Minha Vida 3, o Plano Safra que contará com recursos 20% maiores em relação à safra 2014/2015 (chegando a R$ 216 bilhões para a safra 2015/2016) também irão contribuir para a retomada do crescimento econômico.
Classes sócio-econômicas brasileiras passaram por significativas mudanças durante os governos Lula e Dilma, com a classe C crescendo de 65,9 milhões para 118 milhões (crescimento de 79%). Isso foi resultado do crescimento econômico, da geração de empregos e das políticas de inclusão social adotadas no período.
A atual crise mundial começou em 2007 com a crise das hipotecas subprime e que se aprofundou muito em 2008, quando tivemos a quebra do banco de investimentos ianque Lehmon Brothers, o colapso dos esquemas de aplicações financeiras desreguladas (fundos de hedge, derivativos, etc) e a quebra de todo o sistema financeiro privado da Europa e dos EUA.

Tal crise ainda está longe de terminar e os fatos recentes demonstram que ela ingressou em uma nova etapa, tal como indicam a forte queda dos preços das commodities e do petróleo, o desmoronamento da bolha especulativa nas Bolsas chinesas, a recessão ou forte desaceleração em todas as principais economias emergentes (Rússia, China, América Latina, Oriente Médio, etc). 

A questão é: Em que situação o Brasil se encontra atualmente para poder enfrentar essa que é a pior crise mundial desde a Grande Depressão dos anos 1930?

Afinal, vejam que, mesmo com as dificuldades que enfrentamos atualmente, ainda possuímos uma série de indicadores econômicos e financeiros altamente positivos, aos quais a Grande Mídia esconde na cara-dura.

Vamos postar alguns deles aqui, comparando com a situação econômica e financeira que o Brasil possuía em 2002, para se ter uma ideia melhor a respeito disso:

1) Inflação:

2002 = 12,5%;
2015 =   9,5%.

2) PIB:

2002 = US$ 459 bilhões (13o. PIB mundial e 4o. das Américas);
2014 = US$ 2,3 trilhões (7o. PIB mundial e 2o. das Américas).

3) Taxa de Juros (Selic):

2002 = 25% ao ano;
2015 = 14,25% ao ano.
Taxa média anual de desemprego despencou de 12,3% em 2002 para 4,8% em 2014. Em 2015, até Agosto, ela está em 6,4%.
4) Desemprego:

2002 = 12,6% (média anual);
2015 = 6,4% (média anual até Agosto).

5) Reservas Internacionais Líquidas:

2002 = US$ 16,3 bilhões (pagavam apenas 4 meses de importações);
2015 = US$ 370,9 bilhões (pagam 18 meses de importações).

6) Exportações:

2002 - US$ 60,4 bilhões;
2014 = US$ 225 bilhões.

7) Corrente de Comércio (Exportações + Importações):

2002 = US$ 109 bilhões;
2014 = US$ 455 bilhões.

8) Dívida Pública Líquida:

2002 = 60,4% do PIB;
2015 = 33,6% do PIB.

9) Investimentos Externos Produtivos no Brasil:

2002 = US$ 14,1 bilhões;
2014 = US$ 66,0 bilhões.

10) Relação Dívida Externa Bruta/Reservas Internacionais Líquidas:

2002 = Dívida Externa Bruta de US$ 210 bilhões (45,8% do PIB); 
Reservas Internacionais Líquidas de US$ 16,3 bilhões (3,6% do PIB); 
O Brasil era Devedor Externo Líquido em US$ 194 bilhões. 

2015 = Dívida Externa Bruta de US$ 343,2 bilhões (14,6% do PIB); 
Reservas Internacionais Líquidas de US$ 370,9 bilhões (15,8% do PIB); 
O Brasil é Credor Externo Líquido em US$ 27,7 bilhões (1,2% do PIB). 
A Dívida Pública Líquida caiu fortemente durante os governos Lula e Dilma, passando de 60,4% do PIB (2002) para 33,6% do PIB em 2015. 
Como se percebe, atualmente o Brasil está muito mais forte para enfrentar os efeitos da crise mundial iniciada em 2007/2008 e cujos efeitos atingiram com força ao país principalmente a partir de 2014. 

Mas, a partir de 2016 deveremos ter o início de um processo de recuperação da atividade econômica, principalmente a partir do segundo semestre. 

Daí,com as principais variáveis econômicas novamente equilibradas e sob controle (inflação em queda e contas públicas e externas em melhor situação) o país poderá dar início a um novo ciclo de expansão da atividade econômica. 

E desta maneira poderemos dar continuidade às políticas de inclusão social e de distribuição de renda que foram implementadas pelos governos Lula e Dilma entre 2003-2014 e que foram responsáveis, entre outras coisas, em fazer com 40 milhões de pessoas ascendessem para a classe C e outras 10 milhões subissem para as classes AB, bem como pelo fato do Brasil ter praticamente erradicado a pobreza extrema e ter saído do Mapa da Fome da ONU pela primeira vez em sua história. 

Links:

Reservas Internacionais Líquidas do Brasil em 10/09/2015:

https://www.bcb.gov.br/?RP20150910

Governo Federal irá ampliar os subsídios para famílias que ganham até R$ 2.350 mensais no Minha Casa Minha Vida 3:

http://blog.planalto.gov.br/governo-amplia-subsidios-para-familias-com-renda-de-ate-r-2-350-no-minha-casa-minha-vida-3/

Dados econômicos e financeiros do Brasil (histórico):

http://www.ipeadata.gov.br/

Banco Central - Setor Externo:

http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPEXT

SÁBADO, 12 DE SETEMBRO DE 2015

Brasil: Porque as lutas políticas e sociais devem se tornar cada vez mais intensas nos próximos anos! - Marcos Doniseti!

Brasil: Porque as lutas políticas e sociais devem se tornar cada vez mais intensas nos próximos anos! - Marcos Doniseti!
O economista polonês Michal Kalecki antecipou várias das ideias e teorias keynesianas. E defendia que os capitalistas repudiam as políticas públicas de estímulo ao consumdo porque retira deles o controle das decisões que determinam o rumo da atividade econômica.

O site da 'Carta Maior' publicou um texto muito interessante, de autoria do economista Fernando Rugitsky, que mostra que a adoção de políticas de ajuste econômico por parte do governo Dilma, em seu segundo mandato, se deve a uma combinação de fatores políticos e econômicos, internos e externos, tais como:

1) Desaceleração da economia chinesa

Esta desaceleração derrubou os preços de alguns dos principais produtos de exportação do Brasil (commodities agrícolas e minerais, como a soja, o minério de ferro, etc).

Isso promoveu uma grande deterioração dos termos de troca para o Brasil, que passou a faturar muito menos com as exportações.

Tais fatores contribuíram para reduzir a demanda por produtos brasileiros, gerando uma redução do investimento produtivo no país;

É bom não esquecer, embora isso não seja dito no texto, que tal fato também afetou inúmeras outras economia da América Latina e, até mesmo, a Rússia (grande exportadora de petróleo e que enfrenta uma severa recessão em 2015 devido à forte queda do preço do barril). E a América Latina é o principal mercado de exportação de produtos industrializados brasileiros.

2) Greve de investimentos por parte dos capitalistas brasileiros.

Os capitalistas brasileiros rejeitaram a adoção da política social-desenvolvimentista que foi implementada pelo governo Dilma em seu primeiro mandato (2011-2014).

Neste, tivemos a redução da taxa Selic para 7,25% ao ano, a redução das tarifas de energia elétrica (um setor que foi fortemente desnacionalizado no governo FHC, caindo sob o controle do capital estrangeiro), a expansão da atuação do BNDES, a redução da margem de lucro em obras de infra-estrutura (exemplo: os pedágios das rodovias federais que foram concedidas ao setor privados foram reduzidos), a diminuição dos juros da CEF e do BB (que tomaram mercado dos bancos privados).
Desde o final de 2008 que a taxa de juros do FED (Banco Central dos EUA) está próximo de 0% ao ano. Tal medida, junto com a política de estímulos monetários (quantitative easing) que injetou US$ 4 trilhões na economia mundial, contribuíram decisivamente para a recuperação da economia dos EUA.
A forte queda do desemprego, que fechou em apenas 4,8% em 2014 (a menor taxa da história) também prejudicou os interesses dos capitalistas, principalmente daqueles que possuem uma típica mentalidade escravocrata e que desejam sempre explorar uma força de trabalho barata e que trabalhe intensamente, feito burros de carga. Com o desemprego tão baixo, como o que tivemos em 2014, isso fica muito mais difícil. Não foi à toa, aliás, que nos últimos anos mais de 90% dos acordos salariais terminassem com os trabalhadores brasileiros obtendos aumentos reais anuais de salários.
Tudo isso contrariou interesses capitalistas poderosos que, em função disso, recusaram-se a investir no aumento da capacidade produtiva, contribuindo fortemente para a estagnação econômica que tivemos em 2014.
E isso também ajudou na piora da situação das contas externas, pois obrigou o país a aumentar as suas importações para suprir o aumento de demanda interna que tivemos entre 2003-2014, pois as vendas no comércio varejista brasileiro, neste período, cresceu cerca de 140%. 
Somente no primeiro mandato de Dilma as vendas de veículos no mercado interno brasileiro chegaram a quase 14 milhões de carros zero km, fazendo do país o quarto maior mercado de veículos do mundo, ficando atrás apenas da China, EUA e Japão. E como grande parte das peças e insumos usados na produção dos veículos são importados, isso pressionou as importações e as contas externas do país.
Reservas internacionais líquidas do Brasil cresceram fortemente entre 2002 (US$ 16,3 bilhões) e 2014 (US$ 379 bilhões). Atualmente elas estão em US$ 370 bilhões. 
Estagnação econômica brasileira em 2014
Sem os investimentos necessários, e com um cenário econômico mundial cada vez pior, principalmente devido à forte desaceleração da economia chinesa. Esta passou a crescer a um ritmo anual de apenas 7% - contra mais de 10% ao ano antes da crise global neoliberal que começou em 2008 - e atingiu em cheio as economias da América Latina, Brasil incluído. 
Com isso, a economia brasileira estagnou em 2014, quando o crescimento do PIB brasileiro foi de apenas 0,1%, caracterizando uma estagnação econômica. 
Desta maneira, a arrecadação de impostos diminuiu em 2015 e, desta maneira, a situação das contas públicas começou a se deteriorar. Em função disso, o governo Dilma adotou uma política de ajuste econômico, que é tão criticada, em seu segundo mandato, com o objetivo de reequilibrar as contas públicas e também das contas externas, cujos déficits foram muito elevados em 2014 (o déficit público nominal foi de 6,6% do PIB e o déficit nas contas externas foi de 4,2% do PIB).
Impeachment, Operação Lava Jato, Terrorismo Midiático e Quantitative Easing.
Estes assuntos não são analisados no texto publicado em 'Carta Maior', mas irei analisá-los aqui.
E para piorar um pouco mais a situação brasileira em 2015, ainda tivemos a operação 'Lava Jato', que em nome do combate à corrupção (de apenas de alguns segmentos da classe política brasileira... afinal, com o PSDB ninguém mexe, pois a turma do Grande Capital não permite) acabou por prejudicar o andamento e a execução de inúmeras grandes obras de infra-estrutura no país (refinarias, construção naval, etc), pois atingiu em cheio as maiores empreiteiras do país (Odebrecht, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, OAS, etc).
Segundo estimativas, a operação 'Lava Jato' irá diminuir o valor do PIB brasileiro de 2015 em R$ 142,6 bilhões (o equivalente a 2,5% do PIB) e tirar o emprego de 1,9 milhão de trabalhadores brasileiros. Assim, praticamente toda a retração econômica que teremos no Brasil em 2015 será de responsabilidade exclusiva da 'Lava Jato', pois segundo o Boletim Focus divulgado em 08/09/2015 a queda do PIB brasileiro deverá ficar em 2,44% em 2015.
A taxa de desemprego nos EUA permaneceu num patamar bastante alto durante vários anos consecutivos após o início da crise global neoliberal de 2008. A queda começou, mesmo, somente a partir do final de 2011. E apenas em Janeiro de 2012 ela retornou ao mesmo nível no qual se encontrava em Fevereiro de 2009 (8,3%, bastante elevado). 
Portanto, a operação 'Lava Jato', fortemente marqueteira e seletiva nas suas investigações, afetou negativamente um setor muito importante da economia brasileira, a Construção Civil, que é um dos poucos setores da economia que é controlado pelo capital nacional e que não necessita importar insumos ou matérias-primas, pois são todos produzidos internamente.
O texto de Fernando Rugitsky no site da 'Carta Maior' também não trata disso, concentrando-se nos aspectos econômicos e financeiros da situação brasileira, mas é mais do que evidente de que o noticiário midiático de caráter manipulatório e mentiroso, convenceu uma grande parte da população brasileira de que 'o país está quebrado', o que é uma deslavada mentira.
Afinal, que raio de país quebrado é esse que possui Reservas Internacionais líquidas (de US$ 370 bilhões) suficientes para pagar toda a sua Dívida Externa Bruta (US$ 343 bilhões)?
Uma coisa é o país precisar ajustar a sua economia para superar dificuldades temporárias, como é o caso do Brasil atualmente. Outra coisa, bem diferente, é dizer que 'o país está quebrado'.
Além disso, em Outubro de 2014 o FED encerrou a política de 'quantitative easing' (estímulo monetário) que implementou em Novembro de 2008 e que injetou US$ 4 trilhões de dólares na economia mundial. Tal política foi acompanhada da redução da taxa de juros para apenas 0,25% ao ano e ambas as medidas contribuíram para a retomada do crescimentro econômico dos EUA que, atualmente, tem uma taxa de desemprego de 5,1% em Agosto, contra uma taxa de 10,2% em Outubro de 2009.
Com essa significativa queda da taxa de desemprego nos EUA, aumentou a expectativa de que o FED irá aumentar a sua taxa de juros. Somente isso já foi suficiente para fazer com que uma parte do capital fabricado pelo FED nos últimos anos (via quantitative easing) e que haviam sido aplicados em outros mercados mundo afora acabassem por retornar aos EUA, levando a uma forte desvalorização de moedas pelo mundo todo. Nos primeiros meses deste ano, 20 das 21 moedas mais importantes se desvalorizaram perante o dólar. E o Real foi uma destas moedas.
Tudo isso, somado à tentativa da oposição derrotada em 2014 na eleição presidencial de tentar levar adiante um processo de Impeachment contra Dilma, aumentando o grau de incerteza política e econômica do país, também contribuiu para a desaceleração econômica que o Brasil enfrenta em 2015 esteja sendo muito maior do que seria caso apenas a política de ajuste econômico estivesse vigorando e que visa restabelecer o equilíbrio das contas públicas e das contas externas.
Assim, a desaceleração da economia chinesa, a forte perda de valor das commodities, a forte crise que atingiu a América Latina, a greve dosINVESTIMENTOS por parte dos capitalistas tupiniquins, o terrorismo midiático mentiroso e manipulador, a operação Lava Jato, a expectativa de aumento da taxa de juros pelo FED e a tentativa de se aprovar o Impeachment de Dilma se combinaram para fazer de 2015 um ano muito pior para o país do que se poderia imaginar ao final do ano passado.
A taxa de desemprego no Brasil despencou entre 2002 (12,2%) e 2014, quando terminou o ano em 4,8%. Com isso, os trabalhadores passaram a conquistar aumentos salariais reais. Tal situação desagradou muito aos capitalistas, que não tinham mais como arrochar os salários para poder aumentar a sua margem de lucro.
Luta de Classes ficou mais forte e deve se intensificar ainda mais no Brasil nos próximos anos

Aliás, tal avaliação, de que a crise atual é muito mais política do que econômica, também foi corroborada até mesmo por grandes empresários brasileiros, como foi o caso de Roberto Setúbal (Itaú), Luiz Trabuco (Bradesco) e Abílio Diniz (Brazil Foods... leia-se Sadia e Perdigão).

A questão é: os capitalistas estrangeiros e brasileiros continuarão promovendo essa verdadeira guerra política contra o governo Dilma, a fim de obrigá-lo a adotar as mesmas políticas que o povo brasileiro rejeitou nas eleições presidenciais de 2002, 2006, 2010 e 2014?

Como o economista Fernando Rugitski diz na parte final do seu texto, a adoção de uma política permanente de 'austeridade' irá, inevitavelmente, aumentar a intensidade das lutas políticas e sociais no Brasil.

Isso irá acontecer porque a população brasileira não aceita mais perder aquilo que conquistou nos últimos anos 
e deseja a continuidade das políticas de inclusão social e de distribuição de renda implementadas pelos governos Lula e Dilma. Para os brasileiros, principalmente das camadas populares, conquistas como o pleno emprego, salários reais aumentando, acesso ao crédito, entrada no mercado consumidor, aquisição de casa própria, de veículos e demais bens de consumo duráveis, acesso aos serviços públicos de transporte, saúde, educação, precisam ser preservadas.

Mas isso acontece ao mesmo tempo em que os interesses do Grande Capital (principalmente do capital financeiro especulativo globalizado) fazem com que o mesmo rejeite as políticas sociais e desenvolvimentistas que permitiram que os programas de inclusão social e de distribuição de renda fossem implementados.

Qual será o resultado deste crescente processo de lutas políticas e sociais que se desenvolve no Brasil atualmente é algo que não tem como ser previsto, mas a tendência no sentido de que o mesmo irá se intensificar nos próximos anos é mais do que evidente.

Como diria Karl Marx: 'É a luta de classes, estúpido!'.
A participação da Construção Civil na economia brasileira é imensa, chegando a 14,8% do PIB total do país.
Links:

Do Ensaio Desenvolvimentista à austeridade: uma leitura Kaleckiana:
http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FEconomia%2FDo-Ensaio-Desenvolvimentista-a-austeridade-uma-leitura-Kaleckiana%2F7%2F33448

Boletim Focus estima que PIB brasileiro cairá 2,44% em 2015:
http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2015/09/mercado-preve-mais-inflacao-e-menos-crescimento-para-2015-e-2016.html

Empresários brasileiros criticam a ideia de Impeachment:
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/08/24/politica/1440374136_727458.html

Abílio Diniz - Crise é mais política do que econômica:
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/194279/Ab%C3%ADlio-Diniz-crise-%C3%A9-mais-pol%C3%ADtica-que-econ%C3%B4mica.htm

PIB brasileiro cresceu apenas 0,1% em 2014:
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/03/27/politica/1427458565_874347.html

FED: Política de estímulos monetários injetou US$ 4 trilhões na economia mundial:
http://oglobo.globo.com/economia/negocios/bc-dos-eua-marca-para-outubro-fim-do-programa-de-estimulos-13195893

Desemprego nos EUA chega a 10,2% em Outubro de 2009:
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,taxa-de-desemprego-nos-eua-supera-10-apos-26-anos,462235

Taxa de desemprego nos EUA cai para 5,1% em Agosto de 2015:
http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/09/desemprego-cai-nos-eua-e-continua-no-nivel-mais-baixo-em-7-anos.html


Dólar se valoriza ante moedas do mundo todo em 2015:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150312_cambio_real_euro_ru


Reservas internacionais líquidas do Brasil chegam a US$ 370,9 bilhões:
https://www.bcb.gov.br/?RP20150910
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